quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A História do Poeta

Lúcio Ferreira, 80 anos, economista, descobriu a poesia muito cedo em sua vida. Vindo de uma família muito humilde, com o pai analfabeto, passou grande parte da sua vida morando em palafitas no município de Olinda.

Encontrou a sua musa inspiradora, no amor da sua vida, Elza. Aos 18 anos casou-se no civil e só houve a comemoração religiosa 65 anos depois com a presença dos sete filhos, muitos netos e toda a família.

Como um bom marinheiro de primeira viagem, Lúcio teve seu primeiro emprego na marinha e depois no Banco do Brasil, em Limoeiro. Um fato interessante foi como o poeta conseguiu o emprego no Banco. Sua mulher Elza, utilizou o dinheiro de pagar contas da casa para inscrevê-lo num concurso altamente concorrido e por ventura, ele veio a ser aprovado entre os primeiros colocados.

No Banco, Lúcio teve a oportunidade de crescer profissionalmente e mudar de vida. Agora ele não morava mais num vagão, nem numa palafita, nem precisava de dinheiro emprestado, nem tinha mais necessidade de se endividar.

Apesar da formação de economista, Lúcio sempre foi um apaixonado pelas letras. Sempre gostou de ler e logo passou a admirar nomes como Clarice Lispector e Cecília Meirelles uma de suas grandes fontes de inspiração e influência.

Criar sete filhos também não foi tarefa fácil, mas Lúcio, sempre apoiado por Elza conseguiu desempenhar o papel de patrono de forma exemplar e admirável. Todos os seus descendentes têm hoje uma boa formação, que não nasceu apenas do estudo, mas da educação dentro de casa. Como todas as famílias, sempre tiveram altos e baixos, mas conseguiam dar a volta por cima com maestria. Hoje, a maioria dos seus grandes poemas são dedicados a Elza.  
Lúcio e Elza

2 comentários:

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  2. LÚCIO FERREIRA

    Inevitável não imaginá-lo a olhar as flores.
    Inevitável não imaginá-lo a olhar o céu, o mar, as praias.
    Inevitável não imaginá-lo a olhar
    um pássaro a construir seu ninho,
    uma criança a dar seus primeiros passos,
    o sorriso meigo da mulher amada
    ou a vida ao abandono.
    Inevitável não imaginá-lo a cada emoção:
    Coração aberto
    Olhar vivo.

    Parabéns pelos seus 81 anos
    Suely Sousa
    Recife/PE

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